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Entenda o Biles II, salto mais difícil da ginástica feminina realizado por Simone Biles

Natali Chiconi Alvares
Atualizado em 02/08/24
info-verde
Publicado em 02/10/23
São Paulo
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Simone Biles retornou em grande estilo às competições! A campeã olímpica deu um show na etapa classificatória do Mundial de Ginástica e, novamente, nas Olimpíadas de Paris.

Ela deu nome, pela quinta vez, a um elemento no código de pontuação com salto Yurchenko Double Pike. Agora, ele se chama Biles II.

Após dois anos sabáticos para cuidar de problemas de saúde, Biles retornou às competições internacionais e mostrou por que é considerada a melhor de todos os tempos.

Entenda, a seguir, como foi o salto – agora denominado Biles II – e por que a norte-americana é um fenômeno da ginástica! Vale, ainda, entender como Rebeca Andrade ficou muito próxima do ouro em Paris!

Como foi o desempenho de Simone Biles no Mundial de Ginástica

O Mundial de Ginástica, disputado na Antuérpia, na Bélgica, garante vaga para as Olimpíadas de Paris 2024 e reúne os melhores ginastas do mundo.

Simone Biles, em seu retorno, executou movimentos de alto grau de complexidade em todos os aparelhos pelos quais passou.

Ela comandou os Estados Unidos na liderança por equipes (171,395 pontos) e se posicionou na primeira colocação no individual geral (58,865), do salto (média de 14,949), da trave (14,566) e do solo (14,633). Nas barras assimétricas ela foi superada pela compatriota Shilese Jones (14,833 x 14,400).

Como foi o salto de Simone Biles – marcado como o mais difícil da ginástica

Na prova do salto, Simone Biles tentou – e conseguiu – a homologação do Yurchenko Double Pike, com o valor de 6,40 pontos. O salto foi validado pelo código de pontuação da FIG e passou a se chamar Biles II.

Como seu técnico Laurent Landi estava presente na área de aterrissagem (para a segurança da ginasta) ela perdeu meio ponto de execução, mas, ainda assim, tirou a super nota de 15,266 pontos.

Na disputa da final do aparelho, executou um segundo voo, um Cheng. Mesmo que uma aterrissagem que não foi perfeita, ela ainda conseguiu 14,633 pontos, resultando em uma média de 14,949.

O que é o Biles II, salto mais difícil da ginástica feminina

Considerado o mais difícil da ginástica feminina, o salto Biles II requer uma execução perfeita e em poucos segundos.

Neste salto, ela faz uma entrada de costas na mesa de trampolim, finalizando com um duplo mortal carpado – tudo em cerca de seis segundos.

Este salto foi realizado pela primeira vez por Simone em maio de 2021, em um torneio americano. Entretanto, ela precisava acertar o movimento em uma competição internacional para homologá-lo.

Quais são os outros saltos que têm o nome de Biles

Simone Biles já batizou outros quatro movimentos (dois no solo, um no salto e um na trave). Com o Yurchenko Double Pike, executado no Mundial da Bélgica, ela se isola como a segunda ginasta com mais elementos homologados no código de pontuação.

Biles fica atrás apenas da russa Svetlana Khorkina, que tem oito movimentos com seu nome.

Como foi a disputa do salto entre Simone e Rebeca nas Olimpíadas 2024

Nos Jogos Olímpicos de Paris, na final do individual geral da ginástica artística,  Simone realizou o salto considerado como o mais difícil da ginástica artística feminina.

Com uma execução quase perfeita, ela tirou a maior nota de toda a competição com o seu salto ‘Biles II’, pontuando em 15.766.

Rebeca Andrade, por sua vez, fez um Cheng e somou 15.100 pontos. Com isso, as duas atletas terminaram nas primeiras colocações gerais, com Biles em primeiro e Rebeca, em segundo lugar.